Veja a luz que brilha
Veja o vulta de minha partida
Olhe por quem cantam os pássaros
Preste atenção querida
Por mais que estejas resolvida
Sempre tem o passado para lembrar
Que o futuro sempre pode mudar
Veja meus olhos
Já não existe neles brilho
Já se escasseou as lagrimas
E tudo passou, sem avisar
Voe sem mim, querida andorinha
Não tenho seu caminho na minha estrada
Nem posso ter a vida desgarrada
Já não tenho tempo
Acabaram-se os dias
E o que dói é a lembrança
Que do nada vira fumaça
Porque não sabe o que é sofrer
Se foram os versos
Já não há mais poeta
Ficou apenas a sombra de sonho
Ficou o desejo do futuro
A vez primeira que fitei
Jamais imaginei
Que um simples sorriso
Me traria o mundo
Agora, querida,
Saiba que a partida, não tarda a chegar
Nem vai apagar
O passado que insisto em lembrar.
Nepomuceno Alves
Lavras, 15-agosto-2011
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