Os sonhos iam se fazendo
O amor crescendo e saudade inexistia
Tão pouco chorar fazia
Apenas dava alegria
Que seu sorriso trazia
Não sentia frio ou calor
Na impaciência somente o ardor
Sem saber se amor
Ou se apenas agonia
Imaginava as luzes sombrias
Sem querer sombras no meu caminho
Aprendi a andar sozinho
Mas não sei caminhar
Imaginei o amor
Que só me tinha mostrado dor
Mas imaginar é pouco
Quando existe o tempo para apagar as lembranças
De sonho em sonho, vivi.
Mas do pesadelo encontrei o caminho
Caminho que dava medo
Por não haver carinho
Rompi barreiras de medo
Rompi sonhos de estradas longas
Esqueci as andanças passadas
E até pra traz deixei a milonga
Passou tempos de agonia
Tempos de felicidade
E hoje na escuma fria
Encaro a realidade
Não sou mais estradeiro
Nem errante
Nem boêmio.
Sou um amante eterno
Dos seus olhos
E do silencio!
Nepomuceno Alves
Lavras do Sul, 11-setembro-2011
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