Fui imigrante, fui tropeiro
Fui frei e índio guerreiro
De farrapo segurei morteiro
E entre maragatos rubros
E chimangos brancos
Fui gaucho.
Foi neste chão,
Que vi o verde das pastagens
Se dourar dos arrozais
E entre anus e pardais
Ouvi por quem cantam os cardeais
Voei nas vozes dos grandes mestres
- E fiz poesias.
Ouvi o choro de um peão
Com seu único amigo morto em suas mãos
E o choro baixinho de um cusco
Que foi judiado sem ser redomão
Foi aqui que aprendi a ser gaucho
Nesta terra de heróis farroupilhas
Neste chão de hombridade e revolução
Vivi dias de peão e de homem de verdade.
Nepomuceno Alves
Lavras do Sul, 14-setembro-2011
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