quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Irreais


Nas lagrimas do seu pálido rosto, angelical.
No sublime suspiro de um coração
Dos seus lábios, palavras de sonho.
Gotas da ilusão de seu olhar
Iguais a pirilampos, ou escuridão.
Com um brilho que eu somente via
Brilho da paixão!

Em palavras que somente eu ouvi
Ou nas cicatrizes do silencio que senti
Na doce ilusão de um sorriso
Vivi a realidade das lagrimas
Caídas, infindas, irreais.

E o destino?
Ah! O destino.
Se errou ou não, se ganhou flores ou versos,
Nada mais importa nesse contexto
Porque o que era sonho
Destruiu o mundo da realidade
E o que era sombra não se iluminou na verdade

Não olhe minhas lagrimas, querida.
Olhe a beleza da vida, o brilho das estrelas.
Eu verei as mesmas luzes e raios,
Os mesmos sonhos e desejos
Mas não terei seus beijos
Ou a estrela que mais brilha
Que são seus olhos, minha menina!

                                                           Nepo Alves

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Da Ilusão Ao Pensamento De Amor


Por ela que passo os dias a sofrer
Por sua beleza que passo as noites em claro
Não me resta um silêncio ou pensamento
Só o amor que vivo só e o sofrimento

Por seu amor garimpo mares,
Por um sorriso deixo altares, ilusões!
São apenas pra ti meus sentimentos
Apenas por ti que vivo.

Quanta saudade cabe num peito?
Como vã loucura, insana paixão,
Como perdera dias a sofrer meu coração
Como passara noites a vagar na ilusão

Onde foi que deixei de te querer?
Nem o ódio revoltos de um amor raivoso,
Nem as faces de um puro e belo anjo
Sequer me faz te esquecer.

Quanta aurora de porvir, quanta ternura.
Queria que fosse só minha, queria que o tempo parasse.
Não queria passar mais um dia
Sem que meus braços te encontrassem.

Ah! Doce-agre manhã que brilha.
Maldito silêncio de crepúsculo que abre as noites
Das serenatas aos pássaros
Só faço sonhar teus semblantes

E quando a morte me busque, a ilusão de quem ama.
Mais ainda sonharei mais forte sentirei,
Quando mais tarde Deus encontrar,
Não nego que da vida só soube te amar.

Mas caso for mentira estes pensamentos passados,
Caso do amor que tenho eu seja recompensado
Jamais a morte separa,
Porque meu amor não se apaga nem se esconde

Caso te encontre numa esquina, errante.
Não deixo outra vez passar a dádiva divina
De ter você por toda a vida
E desde sempre e antes, ser seu amante.

E me esconder em teus braços
Sonhar e acordar com teus abraços
Viver somente pra te ver sorrir
Sem mais ter que te ver partir

De um segundo farei meu tempo
Sem mácula de saudade ou dor
Farei da vida um silencio
Que se alimenta só de amor

E das noites da ilusão
Não virá mais a lembrança
Dos pesadelos do coração
Só a bela esperança

Mas do sonho ai descrito
Vem o medo do infinito
Porque mais amor do que sinto
Jamais sentirá homem algum

Dos sentimentos que trago
Nenhum homem conhece a face
E da paixão que me embriago
Só meu peito sabe o estrago.

                                                           Nepomuceno Alves
                                                           Santana do Livramento, 19-outubro-2012

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Das Coisas O Sorriso


Das muitas coisas do mundo
Vejo na alma o silêncio
Que me insiste em calar
Mesmo em segredos

E mais uma vez você volta
Na minha lembrança vazia
Me fazendo sorrir por fora
E chorar em poesia

Quantas auroras da vida
Vai guardar meu semblante
Mas dia após dia
Eu vou ser seu amante

E dessas noites que guardo
A explorar pensamentos
São os tristes momentos
Que a pensar sinto alegria

Desses sorrisos lúdicos
São minha ilusão
Que depara com o escuro
Só da imaginação

                                                           Nepo Alves
                                               Santana do livramento, 12 de outubro de 2012