domingo, 25 de novembro de 2012

O Que Mais Procurar...?

Perder seu sorriso?
- Jamais!
É a sombra do que preciso, o sol do meu caminho,
São de tantos anos um sonho.

Olhe, olhe o horizonte querida,
Lá atravessei por muitas vezes na vida
E cansei de uma ilusão não vivida
Uma morte a cada dia

Ah! Meus sonhos insanos, meus atos mundanos.
Se acaso te deixasse partir
Quando de novo poderia sorrir?
Passam caminhos errantes
Passaram a léguas a vontade de caminhar
Porque ja sei onde quero estar, meu lugar,
Encontrei o que precisava sem procurar.

Olhe, olhe o céu se perder.
Lá na distância que se enxerga, um metro ou uma légua.
Tem um sorriso cansado, talvez um beijo roubado.
Lembra? Sou um homem sem amanhã.
Mas a glória de cada dia
o dolorido afã,
Encontrei nos teus braços
Busquei riscos pra saber que estava vivo
Mas descobri contigo
O caminho que de alegria traz felicidade.

Ah! Quantas lágrimas seria doloridas.
Quantos sorrisos eu jamais daria
Se por acaso eu partir da vida
Sem ter ao menos uma alegria
ter dado pra minha menina!

"Não sou um homem perfeito. Nem espero ser um dia! Mas sei que mais imperfeito seria se colocasse fora algo que sempre procurei" 







                                                       Nepomuceno Alves



               Santana do Livramento, 25-nov-2012

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Das Esperas


Vivi dias sem glória, sem esperança.
Sonhava nas lembranças que nem lembrava
Acordava num mundo sombrio sem mácula
Aonde sol já não havia e só dores de agonia

Sonhei, sem querer, com as cores de uma ilusão.
De um sonho, uma paixão,
Ou as centelhas de uma chama sem razão.
Que vivia só na minha imaginação.

Caíram dias e noites, foram esperas.
Resolvi lutar contra a solidão e parti.
Foi quando folhas escritas eu avistei
E jamais imaginei que seria meu futuro.

Foi então que eu percebi
Que coisas jamais em vão acontecem
Que quando menos se espera
Dois corações se conhecem

Foram primeiros olhares, depois algo mais profundo.
Passaram horas de uma noite, o maior tempo do mundo.
Querendo o sol do amanhecer, a realidade.
Esperas para matar uma saudade.

Calou-se o silencio das esperas
E cada dia mais próximo do final
Passaram entre escritas e histórias
Da ilusão ao amor real.

Jamais vi lua tão bela
Como já esquecido havia do sentir.
Não esquece o poeta
De um beijo antes de partir.

E as lembranças guardei de tal forma
Que impossível seria não revive-las,
E quando menos esperava
Era tua face à noite que eu lembrava.

Agora se vão dias mais harmoniosos
Findos da incerteza do amanhã
São de alegria que sinto no peito
Que faço nascer o sol todas as manhãs

E ainda mais alegre ficam meus dias
Quando a saudade, infeliz tormento,
Acaba morrendo nos teus braços
E no meu peito sinto teu abraço.

Agora foram mais alegres poesias
Achei as tortas rimas que procurava
Porque com o sorriso teu sempre sonhava
Sem saber que tão perto te encontrava.

                                                           Nepomuceno Alves
                                               Santana do Livramento, 12-nov-12