E assim que abriram-se os olhos
De um largo escurecer
Via-se luzes sem sombras
De um lindo amanhecer
E mesmo sem querer
Quando tudo parecia novo
Aqueles passados tortos
Resolveram aparecer
Mas por sorte de manhazinha
Teve a geada serrada
Que impediu de ver o passado
E tudo de ruim que lembrava
Ah! Se a vida renasce
Da essência de ser vivida
Agora que o sonho acordou
Noutra aurora da vida
E anunciavam os pássaros
Que outra gente vinha
Lá das distâncias passadas
Vinha um casal de andorinha
Lembraram então os olhares
No horizonte distante
De outros caminhos largos
Dos tempos de quando andante
Mas a aurora passou
Como uma hora que passa
Pois das lembranças esqueceram
Como qualquer medo de ameaça
E a noite escura brilhava
Com a lua cheia do pampa
Era nova fase comprida
Nova história e estampa
E agora fecham os olhos
Noutra noite de luar
Vão embora segredos
Voltam os olhos novamente a se fechar.
Nepomuceno Alves
20 de setembro de 2013
Quando as vozes calarem, as flores não mais falarem, A poesia ainda terá alma e gritará pelo silêncio!
quinta-feira, 19 de setembro de 2013
sábado, 7 de setembro de 2013
Do Anseio Da Alma
Sabe quando o anseio da alma
Aquele fecundo desejo do amor
Se torna um vasto vazio
Sem cor, saudade, dores ou rancores?
Aquele passo de cada estrada
Onde se torna apenas a lembrança
Ou a mais escura passada
Por ser agora apenas saudade
Olhando os ventos nas nuvens
Pairo no céu como imagino
São apenas coisas volúveis
Que lá em cima cogitam
E da liberdade que me prende
E do silencio que me grita
Vejo o sol de um novo dia
E a mordida de uma serpente
Mesmo no poente, no entardecer.
Ou nas auroras do dia
Quando amanhece mais um desejo
E lábios de beijo.
Agora não tem mais sentido
Não há solidão, pois.
Agora nada é divertido
Apenas um grande depois.
Nepomuceno
Alves
07-setembro-2013
Assinar:
Postagens (Atom)