domingo, 26 de junho de 2011

De onde sai o sorriso

És tu a fonte da beleza humana
Que faz sair dos olhos
O brilho que da alma emana
E por pureza sem fim
Há um medo em mim
De infringir tua delicadeza
A qual já disse
Que guarda a pura beleza

E é sem medo de errar
Que falo em amar
Pois talvez não seja eu
O digno de merecê-la
Pois és tu a mais bela das donzelas
Que me arrepia só de fitar
O lindo brilho do seu olhar.

Eternamente serei seu amante
Um qual a diferença dos comuns
Um qual mesmo errante
Errarei destino nenhum

Com seu semblante
Que me causa medo
Sinto a paz sublime
Ainda assim com receio
Sinto a cá em meu peito
Amor que nunca senti.

                                                           Nepomuceno Alves
                                                                                     
Até onde vai a imaginação de um vivente?
Será que sonha com o passado?
Será que o futuro é traçado?
Ou simplesmente serão esquecidos seus poemas?

Hoje tenho pra ti olhares de mundo
Que jamais serão entregues ao vulto
De perder-te sem lutar

Pois o homem que se faz amar
Não lutar apenas por uma mulher
Luta por um olhar que quis mirar
Luta por um sonho que quis sonhar

Não se faz rogado junto pé do estribo
Se faz rude pela força
E amante perante os olhos errantes
Da sua linda querida

                                   Nepomuceno Alves
                                    Lavras, 25-junho-2011
Do que serve dizer ao mundo
Que a centelha de amor que vem de Deus
Torna-se cada dia mais humana
E que o amor que diz o poeta
Seja o reflexo do amor que sinto por ti
E as desrimadas linhas
Escritas por um sonhador
Não servem como reflexo do amor
Pois amor não se escreve

Tento em meus dias
Encontrar a forma certa do amor
Mas só encontro significado em ti
Que serve de inspiração e consolo
Para este pobre sonhador
Que sonha com o amor
Como a semente com a terra

Mas os frutos do meu amor
Não posso te entregar
Pois entrego meu destino à ti
Que será para mim o norte
O sul
Talvez a morte
Talvez o céu azul

Mas nesse céu
Não há espaço para minha dor
Pois o universo infinito
Se torna o menor já visto
Perto do tamanho do meu amor

                                               Nepomuceno Alves

quarta-feira, 8 de junho de 2011

A flor do meu amanhecer

São só pra ti meus olhares
E de ninguem mais meu coração
É só teu meu amor
E só de ti me vem inspiração


Meu receio é te perder
E meu medo maior é não te ver
Sois pra mim a mais bela
Dentre todas aquelas
Que um dia fitaram meus olhos


E nunca mais quero perder-te
Pois tem contigo meu coração
És tu a luz da escuridão
Que entre sombras ilumina o peito meu



Mesmo sabendo que é teu

Meu coração se desespera
Ao ver que em ti esmera
Toda a beleza do amanhecer


                                                                "Você é meu raio de sol. Não me deixe só aqui na escuridão das minhas magoas"
                                                                 Nepomuceno Alves
                                                                  Lavras, 08-junho-2011

domingo, 5 de junho de 2011

Impossiveis

Tenho uma história
Que com muitas se parece
De um amor que cresce
No silêncio de uma prece

Um amor se forma
Com a dor da incerteza
Se viverá
Ou com a dura duvida
Se morrerá

Olhares se trocam
E se formam renovados
Com a dor da distância
De alguns simples passos

São olhares apaixonados
De uma paixão impossível

Ele, não pode olhá-la com olhos da carne
Ela, não sabe o que fazer

E assim se enamoram
Pouco a pouco
Sem a garantia do futuro
Nem a certeza do muito amar

Ele escreve versos
Que com gosto entregaria
A sua amada guria
Que ele não pode amar

Ela canta versos
Que à ele são oferecidos
Sem ele saber
Que dela vem o amor arrependido

Amam-se assim os jovens
Que jamais novamente amarão
Por saber que este certo amor
Jamais lhe abandonará o coração

E o sonhos seus de um dia viver
Param como estacas
Num futuro que nada resta
A não ser morrer
                                   Nepomuceno Alves
                        Lavras do Sul, 05-junho-2011