sábado, 13 de abril de 2013

O Que É...


Vejo como foi feliz o tempo
A saudade que tanto doía maltratava
Hoje traz a face marcada de um amor bonito
Quando os sonhos eram instintos
Um sorriso salvou o poeta da escuridão.

Talvez sinta gratidão,
Quanto amor que me entrega
Da forma que é já se merece
Pois não é como antes
Agora foram atendidas as preces

Foi-se a escura noite
Clareou no céu o sorriso
E quando a aurora caía
Beijaram os lábios do poeta o riso
Que embalado em letras e poesias
Trazia o que chamo de amor bonito.

Agora tudo que quero é ser raiz
Ficar nos braços que me abraçam
No sorriso que me diz
Cair no colo alegre da minha amada
Cantar poesias e ser feliz.

E não há lembranças,
Me espanto como nada mais importa
Todas as esperanças,
Todas as memórias mortas
Sorrio pra o presente
E amo como nunca antes
Porque foram os teus semblantes
Que me apaixonaram mais que qualquer presença.

                                                                             Nepomuceno Alves
                                                                            Santana do Livramento, 13-abril-2013

terça-feira, 9 de abril de 2013

Amor... Será?


- Amor?... Será???
 - Mas claro, tudo se transforma na essência.
 - Mas meu caro, acaso não dizia que não amava?
 - Claro senhor! Dizia e digo: Não amava!
 - Então, poeta, como falas em amor e poesias?
 - Ah meu caro - respondo.
Antigamente sorria sem sentido mas ainda sim sorria
E nos abraços perdidos viva só nostalgia.
Passavam as alegrias e só as lembranças viviam.
 - E agora, poeta, como vives?
 - Agora te respondo que não conjugo verbos em presente
Só no passado do amor
Onde não amava o caminhante
Hoje só quer amar com esplendor.

 - Mas não sofreste por amor?
 - Não meu senhor! Amor não traz dor,
Coloca a mala nas costas e segue seu caminho
A buscar outras árvores pra ninho.
Mas dor, dor de amor,
Nada causa em um sonhador!

 - E ainda sonhas poeta?
 - Claro meu caro! Sonho com toda a intensidade!
Não vês abaixo a face sem vaidade
Do amor que guardo para entregar?

 - Vejo sim, caro poeta! Vejo como é linda!
 - Para assim roubar as poesias, meu senhor,
Só na beleza do amor!
 - E não me respondeste poeta, agora amas!
 - Já te disse que não conjugo verbos senhor!
Mas te respondo com alegria
Antes amor era agonia
Agora é presente de Deus em meus dias.

Nepomuceno J Alves N
Santana do Livramento, 08-abril2013

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Lembranças...


Ah com é doce lembrar teu sorriso
Mesmo que seja por segundos em segredo
Por ter medo talvez
Ou por levar no peito o receio
De me perder outra vez

Vivo outros dias que são alegres
A inconstância do segredo não me persegue
A mácula que envolvia o silêncio guardado
Hoje é a explosão da luz de verdade
Não é mais um coração magoado
Mas um amor que vivo na realidade

E mesmo assim sonda teu sorriso os meus sonhos
Não mais com sentimentos
Ou lembranças bobas de passados inexistentes
Mas rondam por ter sido este o presente
Que quero evitar num futuro

Ah! Quantas noites vagaram meus desejos.
Mas as manhãs lagrimejavam meus olhos
Com o acordar de sonhos silentes
Com a saudade que havia no meu peito
Que mesmo com o erro esqueceu o ressentimento

E se escassearam os sonhos conscientes
E até algumas lembranças se perderam
E lá nas memórias guardadas sem eu perceber
Perdi o interesse de lembrar você

Agora falando em presente
Coloco nas rimas mal faladas
Que perdoo o abraço que não recebi
Que o abandono não me leva ao ódio
Mas revivo as coisas que vivi
Sem lembrar com sentimento
Trazendo só no pensamento
A graça de uma imaturidade

Mas sabe menina
Agora sei o que é o amor
Nem em sonhos antes vivia
Mas da paixão que sentia
Descobri algo maior
Com mais calma e segurança
Que me lembrou do tempo de criança
Que nada acabava com sonhos
E hoje vejo lábios risonhos
Que falam que me amam

E lembrando as noites de solidão
Quando esperava em teus braços o acalento
Agora vivo sem reservas
O amor que levo pra sempre
Porque perdeste o meu sorriso
Pra outro sorriso mais lindo
Que soube que era carente
E acolheu meu coração partido

Mesmo com os erros que se passam
Aprendo a cada dia, no silencio,
Que tudo que trago no pensamento
São só lembranças alegóricas
De passados sem glórias
E de noites de tormento

Mas se pudesse te diria, sorriso que lembro,
Que das recordações que tenho
De todo o momento que te sorri
Foram esperanças de vida
Ou amores que nunca senti

Agora vejo o tempo que passa
E o semblante que me encontra
E vejo que são só dias passageiros
E só ficam no tempo os verdadeiros
Que são amores pra vida toda

És tudo que quero
Mas só quero na lembrança
Pra não deixar de herança
Pra o amor que tenho
Os erros que passados lembram.

                                                           Nepomuceno Alves
                                                           Santana do Livramento, 02-abril-2013