terça-feira, 9 de abril de 2013

Amor... Será?


- Amor?... Será???
 - Mas claro, tudo se transforma na essência.
 - Mas meu caro, acaso não dizia que não amava?
 - Claro senhor! Dizia e digo: Não amava!
 - Então, poeta, como falas em amor e poesias?
 - Ah meu caro - respondo.
Antigamente sorria sem sentido mas ainda sim sorria
E nos abraços perdidos viva só nostalgia.
Passavam as alegrias e só as lembranças viviam.
 - E agora, poeta, como vives?
 - Agora te respondo que não conjugo verbos em presente
Só no passado do amor
Onde não amava o caminhante
Hoje só quer amar com esplendor.

 - Mas não sofreste por amor?
 - Não meu senhor! Amor não traz dor,
Coloca a mala nas costas e segue seu caminho
A buscar outras árvores pra ninho.
Mas dor, dor de amor,
Nada causa em um sonhador!

 - E ainda sonhas poeta?
 - Claro meu caro! Sonho com toda a intensidade!
Não vês abaixo a face sem vaidade
Do amor que guardo para entregar?

 - Vejo sim, caro poeta! Vejo como é linda!
 - Para assim roubar as poesias, meu senhor,
Só na beleza do amor!
 - E não me respondeste poeta, agora amas!
 - Já te disse que não conjugo verbos senhor!
Mas te respondo com alegria
Antes amor era agonia
Agora é presente de Deus em meus dias.

Nepomuceno J Alves N
Santana do Livramento, 08-abril2013

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