quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Onde Estarão...?


Onde estarão os versos perdidos de olhares caídos?
Caso a lua brilhe como o sol, quem sonhará com as estrelas?
Olhe querida, não há nada alem de imaginação!
Quando as dores do teu coração, partido ou caído,
Sonharem com o brilho infindo de amar
Jamais sabereis quando voltar à realidade
Porque se sonhamos criamos mundos pequenos
E quando amamos olhamos o sol como jamais antes.

Aliás, minha amada, não são os ouros que valem tanto
Nem a gana de ter riquezas como tantos
Mas o brilho espalhado nos quatro cantos
Que andam distancias muitas
Sem saber que das partidas resta somente à saudade

Saudade esta que já não me cabe em peito
Por desprezo da razão ou ódio ao coração
Por saber que somente junto voa a ilusão
Mas do sentido da vida não entendo
Dos sonhos que tive pouco lembro
Mas somos todos humanos, errantes,
E mesmo sendo pouco amantes
Soubemos que se acabamos sozinhos no caminho
Vamos colocar pedras em espinhos
E nenhuma flor fará brotar a terra
Sem que nela se encerre o amor verdadeiro


                                                           Nepomuceno Alves
                                               Santana do Livramento, 12-dez-12

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Quando Te Vi! Sonhei...


Quando olhei pra uma saudade
Não queria lembrar de uma alegria
Não esperava me deparar com uma metade
Metade de tudo que seria

Coloquei meus sonhos em poesia
E tudo que sonhava acontecia
Busquei ao longe uma inspiração
E logo perto achei meu coração

De onde saem estes versos?
Não sei quais são seus segredos
Entreguei pra poesia meus medos
Que agora se tornam complexos

Deixaria a minha vida por um olhar
Colocaria na distancia um sentimento
Mas choraria as lagrimas de um pesar
De perder todo seu contentamento

Aonde perdi a realidade
Se perdeu também minha noção
Ainda me resta a mocidade
E das poesias a inspiração

Há léguas de um tempo precioso
Perdi passos e distancia
E na aurora de uma infância
Lembrei um coração doloroso

Acabei por encontrar num brilho claro
Aquilo que busquei desde o mate amargo
Até o encontro de gerações
Que sem importar os poemas, só falam de inspirações.

Não sei se tenho um verso certo
Mais certo é que te quero
Não sei se vivo o correto
Ou da vida o que espero

Agora só léguas de sentimento
Só o doce querer da alegria
Somente uma paz, uma harmonia,
Que não guarda ressentimento.

E da poesia que me acompanha
Dos quereres que me inspiram
São dos olhares teus que brilham
E do peito meu que te ama
                                                           Nepomuceno Alves
                                               Santana do Livramento, 20-dez-12

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Quando Fui Beber Poesias


Quando fui beber as poesias que Deus me deu na vida
Andei tantas léguas perdidas nesta imensidão
Sem me preocupar onde deixar meu coração
Por que fazer dos sonhos o pesadelo?
Quando mais se quer sonhar, mais medo se te de amar.
Quando o sol de cada manhã,
Que ilumina os sonhos ou os quereres,
Não mais nasce em meio às nuvens dos desejos
É ai que mais sinto saudade daqueles beijos
Ai que me vem no pensamento
Que lágrimas não afasta o tormento
Mas coloca como um sopro no vento. Inútil.
Um sonho ou esperança no pensamento.

Qualquer desejo que traga um homem no peito
O fará correr minhas léguas tal qual eu fiz.
Mas se o desejo que trouxer for de amar eternamente,
Ai te digo homem inocente,
Que todas as léguas que eu andei, todo passo que dei,
Todo caminho que tracei, aonde acertei e errei,
Por tudo passarás e vai sentir que nada conseguirá mudar.
Mas preste atenção, agora homem sem coração,
Não há caminho que transforme mais um sentimento
Que aquele sem discernimento, aonde levar teus pés o vento.
Caminhante persegui o que me seria a felicidade
Mas larguei as tristes ruas da minha cidade
E fui correr avenidas de estradas e saudade

Vou te dizer do caminho que tracei
Onde me perdi e me achei
Mas do passado que nada trás de volta
Das alegrias que o mundo transforma
Descobri que perto seria a melhor forma.
Só questão de ajudar o tempo, de esperar passar o tormento.
E ao rever ao revez todo o caminho pisado por meus pés
Nenhuma nostalgia, sequer agonia.
Porque de léguas que caminharia, de sonhos que teria.
A única coisa que eu não sabia
Era que a dor de uma partida, uma despedida,
É apagada por um beijo de chegada, um abraço de saudade.
O retorno da realidade que tanto foge um aventureiro
Mas que sabe no fundo do próprio peito
Que tão perto é que encontra o que tão longe sempre busca

E eu, eu que tanto andei,
Descobri que o lugar que abandonei
Guardava-me tão perto e desconhecido
O que longe busquei.
E mais perto por caminhos diferentes
Era ali minha felicidade
Era onde me batia a saudade da partida
Que mirava pelas janelas corridas do caminho
Um lugar quase despercebido pela angustia de partir
Mas que longo tempo depois me fez mirar
Porque ali onde sempre passava, onde sempre chorava,
Era onde se encontrava um olhar tão belo
Era onde estava toda minha inspiração
Que busquei na ilusão de outros mundos
E agora achei tão perto do meu coração.

Agora, homem inocente,
Que antes queria partir já pode refletir!
Já sabes que não são as distancias
Nem as léguas que trazem alegria,
Mas aonde se encontra a poesia
Onde vive cada dia mais o sorriso, o sentir.

Digo-te, agora homem consciente,
Te perderás nos caminhos que tracei,
Mas não posso nada por ti fazer.
Estes mesmos caminhos já foram traçados
E mesmo assim meu coração aventureiro
Quis se entregar ao caminho passageiro
Mas cuidado pra não se apegar,
Caminhantes jamais param, jamais sabem parar.
Portanto, homem romântico,
Se quiseres amar, tens que parar e pensar:
Teu coração busca alegria e não partida.

Agora te digo mais, mais ainda que tudo.
O amor que procurava e que procuras também
Foi tão perto que encontrei
Que dos caminhos já me esqueci
Vi o amor bater minha porta
Que das aventuras nada mais importa
Do que ter a experiência e saber
Ter o mundo e nada ter,
Porque agora tenho os olhares que sempre desejei
Então nenhum outro caminho tracei
Desde que minha inspiração encontrei.

                                                           Nepomuceno Alves
                                               Santana do Livramento, 04-dez-2012

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Se Perdi Seus Olhares


Se perdi seus olhares, no maior desejo de te amar,
Não são errados meus quereres
Não fiz por bel prazeres,
Fiz  somente pra cada vez mais beijos teus
Possam ganhar os lábios meus
E matar a sede de te beijar.

Não há distância que perdure
Nem sonho que ameace meu amor
Nunca falei em amar, somente sonhar, viver.
Mas agora falo em você
Que dos sonhos ou vida,
Dos amores ou partida,
É somente, e tudo, que na vida quero ter.

Mas não o bastante soube cuidar
Não vi os olhos apagados, sorrisos gastos.
Somente vi cada vez mais frouxos os abraços
Mas não foi minha culpa
Só quis te amar.
Só quis minha vida inteira ao teu lado estar.

Se na partida minhas lagrimas falaram pela poesia
Se minha voz se tranca e deixa de dizer
Minhas lagrimas me correm o rosto e me fazem te querer

Olhe, não há mais lua no céu.
Não mais vejo luz na minha estrada,
Quanto mais você se afasta, se vai,
Mais meu coração dói,
Mais meu mundo se destrói, mais te quero comigo.
Quero acordar e lembrar teu sorriso
Te beijar e te sentir, sorrir.
Ter nos meus braços teu abraço

Sempre, e tanto como nunca,
Busquei o amor como se fora um tesouro
Nada mais reluz, nem pedras, nem ouro,
Só teus olhares claros, tuas caricias meigas,
Somente teu querer, tua presença.

Ah! Quanta glória prevejo em meu futuro,
Já dizia quem assim esperava a morte
Mas ninguém mais do que eu teve tanta sorte
De ter sentido um puro e belo amor
Desses que não causam dor, nem magoa,
Mas que corta mais que uma espada
Porque desse amor todo que sempre busquei
Foi nos teus olhos que fitei
O mais brilhante sonho da felicidade.
Foram assim passando os dias,
Os mais alegres, as mais belas poesias,
Assim te vivi, te quis e te amei.
Mas não sabia que enquanto te perdia
Mais ainda meu coração doía
Porque da minha vida, pobre, quase infeliz,
Encontrei tudo que sempre quis
Tudo que me faltava
E nas tuas faces ora meigas, ora rosadas,
Bebi os desejos profundos, as mais profundas águas,
Onde nasce a vida divina, o amor sem macula.

Te quero, te amo, te espero!
Ainda vivo, mas como se tudo me faltasse.
Ainda sonho, mas sem motivos.

Saí, e quando olhava os rostos enamorados,
Quando mirava beijos românticos
Lembrava tudo que vivemos
Tudo que sonhamos e desejamos
Mas me vi só
Me senti ainda mais solitário
Porque não quero nada mais no mundo
Do que seus beijos, seus toques.
Não me importa o tempo ou a agonia.
Só quero viver a alegria
E isso só tu sabes me dar
Porque repito o quanto necessário for nesta vida
Que por mais que seja mal vivida
É nela que só sei te amar.

                                                           Nepomuceno Alves
                                               Santana do Livramento, 03-dez-2012

Dedicado à Ana Cristina Pires

domingo, 25 de novembro de 2012

O Que Mais Procurar...?

Perder seu sorriso?
- Jamais!
É a sombra do que preciso, o sol do meu caminho,
São de tantos anos um sonho.

Olhe, olhe o horizonte querida,
Lá atravessei por muitas vezes na vida
E cansei de uma ilusão não vivida
Uma morte a cada dia

Ah! Meus sonhos insanos, meus atos mundanos.
Se acaso te deixasse partir
Quando de novo poderia sorrir?
Passam caminhos errantes
Passaram a léguas a vontade de caminhar
Porque ja sei onde quero estar, meu lugar,
Encontrei o que precisava sem procurar.

Olhe, olhe o céu se perder.
Lá na distância que se enxerga, um metro ou uma légua.
Tem um sorriso cansado, talvez um beijo roubado.
Lembra? Sou um homem sem amanhã.
Mas a glória de cada dia
o dolorido afã,
Encontrei nos teus braços
Busquei riscos pra saber que estava vivo
Mas descobri contigo
O caminho que de alegria traz felicidade.

Ah! Quantas lágrimas seria doloridas.
Quantos sorrisos eu jamais daria
Se por acaso eu partir da vida
Sem ter ao menos uma alegria
ter dado pra minha menina!

"Não sou um homem perfeito. Nem espero ser um dia! Mas sei que mais imperfeito seria se colocasse fora algo que sempre procurei" 







                                                       Nepomuceno Alves



               Santana do Livramento, 25-nov-2012

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Das Esperas


Vivi dias sem glória, sem esperança.
Sonhava nas lembranças que nem lembrava
Acordava num mundo sombrio sem mácula
Aonde sol já não havia e só dores de agonia

Sonhei, sem querer, com as cores de uma ilusão.
De um sonho, uma paixão,
Ou as centelhas de uma chama sem razão.
Que vivia só na minha imaginação.

Caíram dias e noites, foram esperas.
Resolvi lutar contra a solidão e parti.
Foi quando folhas escritas eu avistei
E jamais imaginei que seria meu futuro.

Foi então que eu percebi
Que coisas jamais em vão acontecem
Que quando menos se espera
Dois corações se conhecem

Foram primeiros olhares, depois algo mais profundo.
Passaram horas de uma noite, o maior tempo do mundo.
Querendo o sol do amanhecer, a realidade.
Esperas para matar uma saudade.

Calou-se o silencio das esperas
E cada dia mais próximo do final
Passaram entre escritas e histórias
Da ilusão ao amor real.

Jamais vi lua tão bela
Como já esquecido havia do sentir.
Não esquece o poeta
De um beijo antes de partir.

E as lembranças guardei de tal forma
Que impossível seria não revive-las,
E quando menos esperava
Era tua face à noite que eu lembrava.

Agora se vão dias mais harmoniosos
Findos da incerteza do amanhã
São de alegria que sinto no peito
Que faço nascer o sol todas as manhãs

E ainda mais alegre ficam meus dias
Quando a saudade, infeliz tormento,
Acaba morrendo nos teus braços
E no meu peito sinto teu abraço.

Agora foram mais alegres poesias
Achei as tortas rimas que procurava
Porque com o sorriso teu sempre sonhava
Sem saber que tão perto te encontrava.

                                                           Nepomuceno Alves
                                               Santana do Livramento, 12-nov-12

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Irreais


Nas lagrimas do seu pálido rosto, angelical.
No sublime suspiro de um coração
Dos seus lábios, palavras de sonho.
Gotas da ilusão de seu olhar
Iguais a pirilampos, ou escuridão.
Com um brilho que eu somente via
Brilho da paixão!

Em palavras que somente eu ouvi
Ou nas cicatrizes do silencio que senti
Na doce ilusão de um sorriso
Vivi a realidade das lagrimas
Caídas, infindas, irreais.

E o destino?
Ah! O destino.
Se errou ou não, se ganhou flores ou versos,
Nada mais importa nesse contexto
Porque o que era sonho
Destruiu o mundo da realidade
E o que era sombra não se iluminou na verdade

Não olhe minhas lagrimas, querida.
Olhe a beleza da vida, o brilho das estrelas.
Eu verei as mesmas luzes e raios,
Os mesmos sonhos e desejos
Mas não terei seus beijos
Ou a estrela que mais brilha
Que são seus olhos, minha menina!

                                                           Nepo Alves

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Da Ilusão Ao Pensamento De Amor


Por ela que passo os dias a sofrer
Por sua beleza que passo as noites em claro
Não me resta um silêncio ou pensamento
Só o amor que vivo só e o sofrimento

Por seu amor garimpo mares,
Por um sorriso deixo altares, ilusões!
São apenas pra ti meus sentimentos
Apenas por ti que vivo.

Quanta saudade cabe num peito?
Como vã loucura, insana paixão,
Como perdera dias a sofrer meu coração
Como passara noites a vagar na ilusão

Onde foi que deixei de te querer?
Nem o ódio revoltos de um amor raivoso,
Nem as faces de um puro e belo anjo
Sequer me faz te esquecer.

Quanta aurora de porvir, quanta ternura.
Queria que fosse só minha, queria que o tempo parasse.
Não queria passar mais um dia
Sem que meus braços te encontrassem.

Ah! Doce-agre manhã que brilha.
Maldito silêncio de crepúsculo que abre as noites
Das serenatas aos pássaros
Só faço sonhar teus semblantes

E quando a morte me busque, a ilusão de quem ama.
Mais ainda sonharei mais forte sentirei,
Quando mais tarde Deus encontrar,
Não nego que da vida só soube te amar.

Mas caso for mentira estes pensamentos passados,
Caso do amor que tenho eu seja recompensado
Jamais a morte separa,
Porque meu amor não se apaga nem se esconde

Caso te encontre numa esquina, errante.
Não deixo outra vez passar a dádiva divina
De ter você por toda a vida
E desde sempre e antes, ser seu amante.

E me esconder em teus braços
Sonhar e acordar com teus abraços
Viver somente pra te ver sorrir
Sem mais ter que te ver partir

De um segundo farei meu tempo
Sem mácula de saudade ou dor
Farei da vida um silencio
Que se alimenta só de amor

E das noites da ilusão
Não virá mais a lembrança
Dos pesadelos do coração
Só a bela esperança

Mas do sonho ai descrito
Vem o medo do infinito
Porque mais amor do que sinto
Jamais sentirá homem algum

Dos sentimentos que trago
Nenhum homem conhece a face
E da paixão que me embriago
Só meu peito sabe o estrago.

                                                           Nepomuceno Alves
                                                           Santana do Livramento, 19-outubro-2012

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Das Coisas O Sorriso


Das muitas coisas do mundo
Vejo na alma o silêncio
Que me insiste em calar
Mesmo em segredos

E mais uma vez você volta
Na minha lembrança vazia
Me fazendo sorrir por fora
E chorar em poesia

Quantas auroras da vida
Vai guardar meu semblante
Mas dia após dia
Eu vou ser seu amante

E dessas noites que guardo
A explorar pensamentos
São os tristes momentos
Que a pensar sinto alegria

Desses sorrisos lúdicos
São minha ilusão
Que depara com o escuro
Só da imaginação

                                                           Nepo Alves
                                               Santana do livramento, 12 de outubro de 2012

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

A Vida De Um Poeta


Hoje eu lembrei quando era poeta,
Lembrei de uma vez que escrevia sobre amor, sobre agonia.
Saíram dos pensamentos todos os tormentos
Veio na mente o desejo de ser como aquela gente
Que inspirava pensamentos nos mais longínquos tempos
Que passava o perfeito amor
Aquele sem dor.

Na lembrança veio aperto do meu peito
No silencio de uma lagrima vi o passado
Vi aquele mundo assombrado
De amor e incertezas,
De sonhos e imaginação.
Que faziam do meu coração 
O mais escuro tumulo da paixão.

Recordei os olhares que me trouxeram luz
Os tantos beijos que seduz.
Recordei os sorrisos que me faziam sorrir
Apenas de imaginar que os poderia sentir
Como rosas postas ao léu
Como abraços vindos do céu

Sou poeta da ilusão
Sempre tive o pensamento numa alegria
Mas nunca sai da nostalgia, da realidade cruel.
Sonhava em fazer parte da felicidade
Mas esquecia da realidade.

Vieram as noites da luz
Os sonhos da esperança que nunca termina
Foi assim que descobri o que mais reluz
Foi o que me fez ver que a sombra acaba
Então abracei Jesus e sua mácula.

Mas a poesia não me abandonava
Surgia, voltava e, de novo, me largava.
E de tantos sonhos esquecidos, de tantos amores perdidos,
Resolvi amar sozinho e viver os cativos,
Construir meu ninho e sentir carinhos.

E a poesia me abraçou como nunca antes
Me mostrou como ser amante e como ser amado,
Mas parece que nem assim sai daquele passado
E as ilusões do mundo assombrado!

Conheci as mais belas inspirações
E as mais reais ilusões! E mesmo assim da poesia,
Daquela nostalgia, 
Não livrei meus dias
Pois de novo sinto as agonias
Mas sei que passageiras são as dores
Para que sirva como o mais belo refrão
Da mais triste canção
Que, de um poeta, sempre toca o coração!

Nepo Alves
Santana do Livramento, 20 de agosto de 2012

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Do Brilho ao Verde Lindo


Foi só ver a alma sorrir
Que o dia brilhou com mais luz
Foram brilhos que verdes brilhavam
Foram olhares e passos que conduz

Já se foi a noite escura da alma
Clamam-se mais sons de um infinito
Onde não há limites pros sonhos
E onde brilham os olhos mais bonitos

São claros luzeiros do coração
São mais belos que a mais bela canção
De tudo atentos estarão
Até pras poesias que nunca existirão

Mas saíram de um sonho passado
Vieram viver como se fossem guias
Tornaram o tédio uma magia
E fizeram morrer a nostalgia

Mas de um amor recuperam paisagens
São desenhos de uma miragem
Anseios de um desejo quase morto
Olhares de um verde bonito

Mirei o céu e o mar,
Talvez como poeta nunca soubesse amar
Mas encontrei olhares claros e belos
Fitei um sorriso mais doce e singelo

Nepo Alves
Santana do Livramento, 08-agosto-2012

domingo, 22 de julho de 2012

Bem Perto de Mim


Eu sei que eu te quero aqui comigo
E vou ser mais do que um passado antigo
Porque todas as palavras
Que eu disse até aqui
É só pra te ter
Bem perto de mim

Por mais que eu sinta essa saudade
Eu vou fazer que se torne realidade
Porque todos os sonhos
Que sonhamos até aqui
São só pra te ter
Bem perto de mim

Por mais que seja quase impossível
Seremos bem mais que o previsível
Pois tudo que queremos
É estarmos sempre juntos
Por que eu te quero
Bem perto de mim

                                                           Nepomuceno Alves    
                                                           Pelotas, 29-mar-12

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Te Busco



Te busco! Naquele sol pondo, num silencio dolorido,
E quando a noite se faz realidade de uma dor, uma saudade,
Guardo o sono sofrido, a inspiração, o desejo.
Sou apenas anseios, um mero composto de medos.
Me torno o mais sutil sofredor, o único a odiar o amor!

E tudo isso faz mal à alma, tortura a voz clara,
Sonha sem saber, já não sabe mais sonhar.
Mas surge um doce cantar, uma aurora divina.
Some a nostalgia, me consome a alegria.

Esse canto de amor apenas, um sonho, uma realidade.
São teus sorrisos, tuas faces, teus carinhos e beijos.
Somem meus anseios e brotam-me brilhos nos olhos
Porque a solidão se torna passado, se torna mero acaso.

E esses sonhos são meus desejos,
Que morrem na solidão de uma realidade
Porque sei que a mais bela verdade
Sucumbi na ilusão derradeira
De uma mentira verdadeira
Onde se realiza o sonho mais profundo
Que faz ir até o fim do mundo
Mesmo sabendo que nada existe.

E vãos sonhos, e vão verdades, realidades.
Não volta o sorriso, o beijo, a mentira alegre.
Só resta acordar no vazio sem querer,
E novamente viver a verdade mais tristonha
De saber que nalgum lugar, risonhos estão teus lábios.
E chorando os meus olhos!

                                                           Nepo Alves
                                                           Santana do Livramento, 16-jul-12

A Lembrança Do Sorriso


Lembranças me consomem
De um tempo passado, de um momento sagrado.
Onde o por do sol do outono
Num beijo moreno, numa aurora caída,
Brilhou mais que a vida
Naqueles lábios pequenos

E o olhar brilhou mais forte
Mais até que a luz da morte
Foi mais suave e mais belo
Que o brilho do mais lindo castelo,
Que os sonhos das melhores poesias

E veio outro dia
Outra tarde de alegria
Mais saudades e companhias
Outro brilho de sol pondo

E mesmo assim perdeu-se na distância
Como o horizonte de um rio
Foi assim que partiu a alegria
E aos poucos só saudade sentia

Mas no silêncio de outra tarde
Noutro por de sol, noutra lua!
Surgiu a beleza tua
Onde aqui outro lábio sorriu

                                                           Nepo Alves
                                               Santana Do Livramento, 13-julho-2012

terça-feira, 10 de julho de 2012

O Mundinho


Não é lembrança de um passado
Não são memórias de sonho
Ou estórias de contos!
São olhares meigos que se amaram
São corações tristes que se despediram
E mundos criados para o amor, simples amor!

Neste mundo não há lutas, não há pessoas.
Há o amor e o sonho, o sonho amoroso.
São dias e noites inteiras, inteiramente amadas.
Dos melhores momentos ficam lembranças,
Dos piores nem esperança.

Há um mundo de amor, sim, de amor!
Não há medo ou dor, frio ou calor,
Nem falta a inspiração, há apenas o coração!
Há um sonho, talvez uma ilusão.
Mas o principal mora neste mundo
O romance que clareia a alma, o amor que rodeia a paz.
Há desejos que morrem em beijos,
Há lábios sedentos de carinho e fogo, de toque e paixões.
Não há pessoas, há apenas corações!

Corações apaixonados,
Lábios sem impedimento, alegria sem tormento!
São alegrias sinceras, são noites inteiras e manhãs,
São mates saudosos e o doce afã
De corpos entrelaçados num divinal momento
Onde tempestades ou ventos,
Não apagam a chama de um mundo fechado
Onde amar não é pecado,
E onde um momento é eterno!

                                                           Nepo Alves
                                                           Santana do Livramento, 10-jul-12

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Você e o sonho da realidade


Você que acha que o amor acabou
Você nem sabe quantos corações magoou
Você pensa ser feliz assim, a qualquer hora.
Você nem sabe que a felicidade é agora

Um dia qualquer, num sonho.
Onde o pesadelo se torna só
Aonde ninguém mais vai te acolher
Porque todos sabem que você não soube viver

A cada um que passa ao seu redor
Sente a dor que você sente, até pior.
Mas não basta ser eternamente igual
É só ser feliz sem ser anormal

E quem nunca sorri pra você
Nesse sonho que ninguém quer viver
Porque a noite acaba e nada é igual
Porque do sonho se acorda para o real

Vamos sonhar que estamos juntos.
Mesmo sabendo que jamais será
Porque a vida sem saber o que é sonhar
Não vale nada nem uma história pra contar

Mesmo sem saber que igual ao seu não há
Beijo lábios procurando o meu lugar
Já que não posso mais sonhar com beijos seus
Vivo a vida assim, sem querer os céus!

                                                           Nepo Alves
                                                           Santana do Livramento, 22-jun-12

quarta-feira, 6 de junho de 2012

As Lágrimas De Um Gaúcho

Já viste um gaúcho chorar?
 - Não!
Pois olhe meus olhos e verás
Olhe minhas lágrimas e saberás
O quanto tenho chorado
E também o que a muito aguardo
Dos teus olhos e sorrisos

No espelho da alma grande
Ou nas margens da sanga corrente
Tenho o desejo mais ardente do coração
De um índio que no alvoroço da juventude
Soube amar na quietude e na solidão

Mas o amor a lo largo me escapou
Como se fosse a ruína da tapera
Que longe e bela
Faz sombra num sinamomo posteiro
Onde até mesmo este índio guerreiro
Não soube descansar seus arreios

Mas hay de ser apenas um sonho ou pesadelo
Hay de ser um momento de estrada
Ou de cansaço na madrugada!
Mas por ser dolorido como a peste
Tem as marcas da realidade
De um fato que mesmo sendo verdade
O sonho da flor amada o torna incapaz de ser

E na ilusão de cada silêncio
Na amarga dor do chimarrão
Que mateado na solidão
Se torna o fel do coração!

                                                           Nepo Alves
                                               Santana do Livramento, 06-junho-2012

domingo, 27 de maio de 2012

Soneto Do Que Era


São incertos meus desejos
Foram sinceros meus beijos
Foi a minha alma que entreguei
Quando quis ser só teu e de mais ninguém


Mas o sol se foi e veio a escuridão
E seus olhos que me guiavam no escuro
De repente se foram sem avisar
E meu olhos alegres só souberam chorar


E os sorrisos que eram meus
E que me faziam sorrir de alegria
Eram sorrisos que eu não tinha


Mas ganhei um abraço de despedida
Mesmo querendo não ser ida
Ganhei o afago da partida


Nepo Alves
Santana do Livramento, 27-mai-12

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Dos meus versos


Dos meus versos, linda flor,
São teus sorrisos
Que quebrantam minhas magoas
E iluminam meu amor meu coração

São teus olhos, flor morena,
Que me iluminam como pirilampos
São teus olhares, minha pequena,
Que fazem parte dos meus planos

Porque da vida nada levo
Somente o sonho e o sorriso
Dos teus lábios lindos
Aonde sonho e madrugo versos

São tuas caricias que me lembro
Nas manhãs frias de setembro
São dos teus beijos que recordo
Quando cevo o mate solito

Porque minhas dores, linda morena,
Só tu sabes curar
São feridas que não curam
Sem o brilho do teu olhar

E a saudade e a distancia
São as chagas do coração
E a espera da primavera
Que ira florir o meu rincão

Porque dos sonhos que bem tenho
A iluminar o meu viver
São teus sorrisos que carrego
Para florir o meu inverno

                                                           Nepo Alves
                                                Santana do Livramento, 23-mai-12

sexta-feira, 18 de maio de 2012

O silencio dos mates


Nas manhãs que se fazem vazias
Do teu olhar e tuas caricias
Encho o mate da saudade
Que cevado na lembrança
Se torna a erva amarga da esperança
De matear contigo nas tardes que caem

E meu verso tem sonhos de te ver
Na primavera que ponteia no horizonte
E no silencio dos mates um reponte
Onde a ilusão me faz mirar teu olhar

E lavajeio sonhos e cevaduras
Porque na lida dura que é viver
Vivo a calma do por do sol
Pois já não há nada mais a fazer
Do que mirar no horizonte
A lua da negra da noite
Que, como o sol que nasce,
Me lembra o brilho dos olhos teus
Que afogo no silencio dos mates
E mato a solidão num bordoneio de guitarra

                                                           Nepo Alves
                                                           Santana do Livramento, 18-mai-12

terça-feira, 15 de maio de 2012

Caminho





As coisas vão passando mais depressa
Não vejo mais o caminho que percorro
Só as imagens que se confundem
Fugindo de um passado
De um assombro de alegria
 - Ah como dói essa ferida!


Os detalhes antigos se confundem
Os caminhos são fáceis de seguir
Por que não têm aonde ir
E a noite toma conta da luz do teu olhar
E eu quero passar dessa escuridão
 - Ah como queria arrancar meu coração!


Às vezes o mundo se esquece de mim
Não como ter vida ou alegria assim
Nunca chega minha luz
E o túnel já acabou faz tempo
Mas na solidão que me faz jus
Não há nenhum contentamento


Ah! Se essa dor acabasse
Se o mundo se lembrasse
De como é bom ter no peito um amor
E se esquecesse de que a solidão só traz dor


Mas a vida passa,
Como cada centímetro da distancia que nos separa
Passa como as luzes que iluminaram minh’alma
E a dor também passará
Como o canto da ave sonora
Que voa e chora
E se perde na ilusão


Nepo Alves
Santana Do Livramento, 15-mai-12

sábado, 28 de abril de 2012

Lagrimas e sonho


Nas lagrimas do seu pálido rosto, angelical.
No sublime suspiro de um coração
Dos seus lábios, palavras de sonho.
Gotas da ilusão de seu olhar
Iguais a pirilampos, ou escuridão.
Com um brilho que eu somente via
Brilho da paixão!

Em palavras que somente eu ouvi
Ou nas cicatrizes do silencio que senti
Na doce ilusão de um sorriso
Vivi a realidade das lagrimas
Caídas, infindas, irreais.

E o destino?
Ah! O destino.
Se errou ou não, se ganhou flores ou versos,
Nada mais importa nesse contexto
Porque o que era sonho
Destruiu o mundo da realidade
E o que era sombra não se iluminou na verdade

Não olhe minhas lagrimas, querida.
Olhe a beleza da vida, o brilho das estrelas.
Eu verei as mesmas luzes e raios,
Os mesmos sonhos e desejos
Mas não terei seus beijos
Ou a estrela que mais brilha
Que é seus olhos, minha menina!

                                                           Nepo Alves
                                                           Bagé, 28-abr-12

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Das coisas que a vida me deu



Das coisas que a vida me deu
Dos sonhos que o tempo me trouxe
Não vivi pesadelos ou ilusões
É em meio às luzes que as sombras aparecem
Em meio ao frio que se compreende o calor
E em meio ao tormento
Que compreendi o silencio

Não há medo ou dor, magoa ou rancor.
Não se fazem versos sinceros
Sem a sinceridade do olhar
Nem ao acaso se faz brotar
O sentimento que nos mostra
O que é amar

O silencio, que do amor nasce,
Não mais floresce do que o desejo ardente
O sonho que padece
Não é menor que a dor sentida
Pois só viveu a vida
Quem de amor se permitiu morrer

A beleza do ser andante
Ou a nostalgia de uma lapide fria.
Tudo isso que assusta e arrepia
Não nasce sem amor ou ousadia
Sem ter a vida inteira regada
Pelo sonho e pela alegria

Vivemos um mundo de ilusões, minha querida!
Um mundo fechado, sem tristeza ou escárnio.
Sem a dor ou agonia

Não mais sou poeta
Não existe mais inspiração
Somente as veias da aflição
E as batidas de um coração

Não há mais corpo torpe
Ou sorrisos, ou silencio.
Sequer um sentimento
Ou o sonho que faz viver!

                                                           Nepo Alves
                                                           Pelotas, 26-abr-12

sábado, 14 de abril de 2012

De sonho, passos e desapegos!

E tudo estava certo, correto, sem erros!
Mas não havia desejos, sonhos ou medos!
Era tudo assim, como um nada!
Era sempre igual, sempre sem nexo, sem retrocesso.
Nada era duvidoso, sem explicação ou sem noção.
Havia uma vida não vivida
Um sonho de ilusão!
 
Se faziam dias e noites, nascentes e repontes;
Era a beleza que se mirava
Mas não era o sonho que se esperava!
 
No caminho que se deixava levar
Sem ruídos, sem nevoa, sem dor.
Ia a frente a esperança e o amor
E fugiam os medos, os carinhos e ardor!
 
E no caminho seguiam os passos meus
Ainda conflitantes de caminhar
Ainda sem saber por onde andar
Sem querer perder o medo
Sem para de sonhar!
 
Mas ilusão da luz dos teus olhos me fez ver
Que mesmo sem querer,
Podemos sonhar!
 
Descobri vendo na imaginação o teu sorriso
Que poesia tem alma, e poetas palavras.
Já não vive a poesia para o poeta
Mas sim o poeta vive por causa da poesia!
Poesia que me inspira a partir da tua beleza
Onde medos, sonhos, pureza,
Tudo se une a um único sentimento
Puro e sem ferimento
Sadio, mas sem esperança!
 
E de todo o caminho, do meu caminhar sozinho,
De todas as promessas e de todo o carinho,
Não levo mais que o amor infinito
Amor de algo bonito
 - Talvez um sonho, um afago, um abraço,
Talvez eu, na vida deixe um rastro
Ou da morte faça um abrigo
Porque teus olhos que desejo,
Não os tenho,
Senão em sonho!
 
                                                           Nepomuceno Alves
                                                           Pelotas, 14-abr-12

sábado, 31 de março de 2012

Aconchego do pensamento

Lá onde se encontra o céu do amor
Onde não há medo ou dor...
Sigo o romance de distancias
Onde, mais que o sol pela lua,
Suspira minh’alma por seus anseios
E por mais perto em pensamento,
Ainda me falta sua face rosada junto a mim
Junto com os lábios de carmim que alegria me trazem
 
Já no por do sol visto as estrelas
Que levam meus pensamentos ao mais longe
Ao mais terreno instante de lembrança
Junto aos teus olhos que miram luas
Vejo brilhos e doçuras de seus pensamentos
Onde encontro no mirar do céu
O mais alegre consolo desta saudade
 
No trote que anseio
Na saudade do teu chamego
Relembro o pouco que tenho de lembranças
De abraços e danças...
Lembro o que, ao menos um pouco,
Me consola!
 
Não chora menina,
Campo a fora é que os cardeais cantam
E no envolto das multidões,
Nada mais vejo, nada mais anseio.
Só no voo se encontram as aves que se amam
E no meu voo não encontrei nada antes
Mas o destino andante não me negou amor
Foi no teu afago que conheci a dor da distancia
E o fogo de brasa infinda que alimenta meu coração
 
Não vejo mais horizontes a minha frente
Vejo somente teu sorriso
Teus olhos, teu brilho!
Não mais caibo em mim de alegria
E teu sorriso que contagia
Me faz cada dia sonhar mais e mais
E nunca mais parar de sorrir
Mesmo tendo tudo para chorar!
 
                                                           Nepomuceno Alves

quinta-feira, 22 de março de 2012

A saudade das amizades

Hoje me bateu uma saudade
Talvez que me bate sempre sem avisar
Talvez vá embora sem recados deixar
Ou se prepare como um leão a rugir
Mas é saudade, deve existir

Mostra os bons momentos
Sem fazer esquecer que outros virão
Mas que aqueles marcaram

Bateu saudade, talvez daqueles mates,
Bateu a saudade forte talvez do poente que se mirava
Era bueno o amargo cevado
Que, na verdade, a amizade cevava

E aquele mate que se estendia
Não era a hora do dia
Mas sim o companheirismo que rendia
Do sabor amargo, o acalento do coração

Se dizia sobre paixão,
Sobre potros e guitarras
Se estendia conversas
E se davam gargalhadas

Nada morreu, nada se foi.
De tudo sobrou a alegria
Sobrou na imaginação a fantasia
Daquele amargo de novo cevado

Nepo Alves
Pelotas, 08-03-12