segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Das Esperas


Vivi dias sem glória, sem esperança.
Sonhava nas lembranças que nem lembrava
Acordava num mundo sombrio sem mácula
Aonde sol já não havia e só dores de agonia

Sonhei, sem querer, com as cores de uma ilusão.
De um sonho, uma paixão,
Ou as centelhas de uma chama sem razão.
Que vivia só na minha imaginação.

Caíram dias e noites, foram esperas.
Resolvi lutar contra a solidão e parti.
Foi quando folhas escritas eu avistei
E jamais imaginei que seria meu futuro.

Foi então que eu percebi
Que coisas jamais em vão acontecem
Que quando menos se espera
Dois corações se conhecem

Foram primeiros olhares, depois algo mais profundo.
Passaram horas de uma noite, o maior tempo do mundo.
Querendo o sol do amanhecer, a realidade.
Esperas para matar uma saudade.

Calou-se o silencio das esperas
E cada dia mais próximo do final
Passaram entre escritas e histórias
Da ilusão ao amor real.

Jamais vi lua tão bela
Como já esquecido havia do sentir.
Não esquece o poeta
De um beijo antes de partir.

E as lembranças guardei de tal forma
Que impossível seria não revive-las,
E quando menos esperava
Era tua face à noite que eu lembrava.

Agora se vão dias mais harmoniosos
Findos da incerteza do amanhã
São de alegria que sinto no peito
Que faço nascer o sol todas as manhãs

E ainda mais alegre ficam meus dias
Quando a saudade, infeliz tormento,
Acaba morrendo nos teus braços
E no meu peito sinto teu abraço.

Agora foram mais alegres poesias
Achei as tortas rimas que procurava
Porque com o sorriso teu sempre sonhava
Sem saber que tão perto te encontrava.

                                                           Nepomuceno Alves
                                               Santana do Livramento, 12-nov-12

Um comentário:

  1. Linda poesia, amigo!!
    Isso aí, vá em frente e seja feliz!
    Abração do amigo poeta aki hehehe!

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