sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Da amor a dor!



Onde foi parar o medo
O horizonte
O sonho?
Falar de amor
Não significa contar a dor

Se um dia o poeta enlouquecer
E tempo não para
E mesmo assim ainda passo correndo
Mas tudo vem a sua hora
Sem hesitar nem esperar

E onde foi parar o incentivo à poesia
E as horas incertas de esperança e amor
Amor que não brota da dor
Amor que vem do amor
Amor que se refaz
Sem hesitar nem esperar

Mas ainda sim a vida imita a arte
Se assim não fosse
A poesia não seria um sonho
Lindo e impossível da imaginação
Meigo e raivoso do silencio de dor
Dor que não brota do amor

Mas se falo de amor
Onde foi parar o sentimento
Que espera para se revelar
Que se revela sem pensar
E pena a dor que vem do sofrimento

E aquela inspiração de amor
Que redundante se torna na poesia
Como uma forma de gritar ao mundo
 -Que amor é esse?-
É amor à dor


                                                           Nepomuceno Alves
                                               Livramento, 2010-11-12

sábado, 4 de setembro de 2010

Talvez no horizonte

Talvez no horizonte
Seja meu digno descansar
Talvez nos seus olhos
Eu descubra o meu amar.

E quando a lua se for
Aquele sonho maravilhoso
Irei sonhar novamente
Por ser gravado em meus olhos
O seu grande amor ardente.

E o sol também irá.
Quando isso acontecer
O meu tímido amar
Seu vai ser.

E em seus olhos maravilhosos
Serão os meus anseios.
Pois guardam segredos
Que jamais irei saber
E que por campear novos destinos
Terei por sonho apenas o amanhecer.

Nepomuceno Alves
Livramento, 10/agosto/2010"D"

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Retorno do poeta

Oh doce lua ébria
Que causa caos aos olhos da volúpia
Tal qual um poeta
Ama o horizonte sem tê-lo
E a coincidência da vida
Que bela se faz amante
E um sonho de ternura
De uma vida errante

Está escrito em suas estrelas
Que doce-agre é a vida inteira
Sem o sonho do amanhecer
Que sem mesmo o amor conhecer
Causa dor e sofrimento

De um luar de amor
Saia talvez em tempo de amar
Um sonho de dor
Que causa ao amante
O mesmo sentimento duradouro
Que causa o verde louro
Ao paladar hostil
De um ébrio mestre

E sem o silêncio das preces
Tem o mesmo receio
De um ressabio e um andejo
Da dor insignificante
Que causa ao amante
Um sentimento de amor
Aos olhos do esplendor
Da alma serena e crua.

                                                           Nepomuceno Alves
                                               Livramento, 2010-09-02

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Comunhão de fé

Neste sagrado pedaço de pão
Com fé que temos, nos cristãos,
Vamos comungar de Cristo,
O coração.

Coração que de amor transborda
Que em Deus pai se sustenta
Que mesmo nacruz pregado
Por nós seu amor só aumenta.

Comunhão por ato de fé, amor e simplicidade.
Ato de permanencia na fé;
Celebração do amor;
E refugio da humanidade.

Por grande poder, e amor maoir ainda,
Fez-se pequeno em um pedaço de pão,
Torna nossa alma livida
Dando-nos por alimento
Seu próprio coração.

                                                           Nepomuceno Alves
                                                           Livramento, 7 de agosto de 2010

terça-feira, 31 de agosto de 2010

O Segredo

As aventuras que já vivi,
Em nada se comparam ao sabor dos beijos teus.
E tudo na vida que por meus olhos vi,
Em nada se parecem aos olhos teus.

Tenho medo no meu peito
De revelar à,
Meu maior segredo,
Que é te amar.

Tenho receio que me respondas
Algo que não sei ser bom ou ruim.
Não sei se te amar em segredo,
Aflige minha alma mais, ou aflige menos.

Falei sobre os beijos,
Mas nunca te beijei.
Falei sobre os olhos,
Mas nunca os mirei.

Tenho receio que descubras,
Que me enamorei, por um olhar meu,
Pois meus olhos não sabem mentir,
E em um segundo dirão: meu coração é teu.

E assim eu guardo nestas linhas,
O segredo em meu pensamento.
O segredo que entregar à ti tenho receio,
O segredo é que te amo.

                                                                       Nepomuceno Alves
                                                                       Uruguaiana, 2010

Lago dos segredos

Lago profundo que guardo segredos
Tenha de mim piedade,
Guarde pra você,
Meus receios e medos.

Lago esse que de tudo sabe,
Revele-me segredos que guardas em profundidades.
Diga à mim segredos enquanto o dia se abre,
Mas guarde à vós segredos de futilidades.

Mas diga-me,
Se tudo sabes,
Que dirás à mim se eu perguntardes,
Qual o maior amor que à ti foi revelado.

Se no seu profundo vazio,
Guardas segredos que ninguém sabe,
Serão mesmo segredos que guardas?
Pois nenhum deles revelaste.

Segredos estes que por tédio ou curiosidade,
Quero, por tudo que há,
Saber o fundo de toda sua verdade.
Que me remete à tempos de prazer e ansiedade.

Por certo que segredos estes não lhe pertençam,
Os guardas para outros que lhe subornam.
Talvez guarde apenas para quem os mereçam,
E nada dizes para quem não deva saber.

Guardas em vós,
As rimas que escondo.
As escondo em,
Por medos e assombros.

Assombros esses que me receiam,
Receio por muito devo falar,
Medos porém
Não devo lembrar.

Lembrarei sempre felicidade
Esta que nunca quero esconder
Não a tenho por falsidade
Tenho pelo direito de merecer.

                                                           Nepomuceno Alves
                                                           Livramento, 25/julho/2010

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Desconhecidos


A historia que aqui revelo,
Tenho por medo de revelar,
Direi que será belo
À quem refletir e pensar.

Revelo-lhes a história
Que pode se reinventar,
Se tornar mil em uma só
Apenas em um olhar.

Começa com dois amantes
Que perdidos de outros amores
Como dois pássaros errantes
Começam a se amar.

Estavam eles sozinhos
Com esperança, de o amor encontrar.
Fitaram-se como dois bombinhos
E começaram com olhares
A conversar.

Revelaram entre si o que ninguém mais sabia
Revelam eles suas histórias,
Historias de toda uma vida.
Que nem como também errante,
Atrevo-me a lhes contar.

Um só segredo pode ser fatal,
Para que um todo enredo,
Venha até parecer mal,
Pois histórias sem final,
Nenhuma moral nos faz pensar.

Pois assim estão eles a conhecer,
Um ao outro seu amor,
Nenhum à hora vem padecer,
Não lembram nem do seu passado rancor.

Confraternizam histórias
Suas e de afins,
Lembram, por amor, mais as glorias,
Que seus pobres fins.

Sabem eles que o amor chegou
Que nem mesmo ressábios
Os poupou de no futuro
Beijar outros lábios.

Amores sentiram, à primeira vista,
Ficou então assim,
A marca de uma conquista,
Que por amor de um pelo outro,
Fizeram-se brilhos nos seus olhos.

Em um beijo que saiu,
Sem antes nem uma palavra lhes referir,
Marcaram os dois pombinhos
Com marcas sem ferir.

Sizinhos neste momento,
Sentiram afeto sem sofrimento.
Por um segundo sem pensar
De ligeira imensa paixão virou um amar.

Do grande amor que ocorreu,
Hoje nada mais restou.
Naquele mágico momento o mundo parou,
Mas com o fechar dos olhos,
A realidade um sonhador retornou.

De nada passava,
Do que apenas, o sentir de um sentimento.
Nada mais restou,
Daquele tão belo momento.

Acordou o sonhador
Para o mundo que vivia.
Mas pelo resto da vida recordou,
Daquele momento de fantasia.

                                                           Nepomuceno Alves
                                                           Livramento, 25/julho/2010

Razões do amor


Aprenda,
O final não tem tanta graça como o começo
Saiba,
Na vida nada vem como correspondência
Saber o valor do amor é como olhar estrelas sem brilho
Como flores sem espinhos.

O sol, com amor, brilha mais,
Mas com o brilho, queima mais também.
Paixões amolessem o coração
E afligem a alma.

Saber quando amar,
Não vem com despertador e relógio.
Vem apenas com um aviso de passagem sem volta

                                                           Nepomuceno Alves
                                                           Livramento, 27 de julho de 2010

Em minha primeira postagem, uma homenagem aos meus melhores amigos.

                                                Ao CLJ

Com que palavras se traduz “Alegria”,
Como posso expressar a felicidade,
Se ela se mantém dentro de mim?

Tive por lapso de idéia escrever,
Mas creio impossível.
Acho que nada expressa melhor
A minha alegria
Do que dizer que estando aqui,
Sinto-me em casa.

Não apenas é movimento,
Não apenas é momento,
Nós aqui somos amigos.

Mais de mil linhas tortas
Não seriam possíveis
Pra melhor dizer
O que pra mim isso significa.

Nós aqui somos amigos
Como a pouco mencionei.
Mas creio que esta palavra de cinco letras
Não o bastante será
Pra dizer o que somos!

Somos loucos;
Somos doidos;
Somos irmãos de coração e em cristo;
Somos os mais radicais cristãos do mundo;
Somos CLJ;
Somos família;
Somos uma grande família;
Somos a família C,L,J.

Sentimos saudades quando longe
Porque só se tem saudade do que é bom
Choramos,
Não por fraqueza
Mas porque nos amamos

Como toda a família, brigamos,
E logo nos entendemos.
Como irmãos,
Nunca desamparamos uns aos outros.


E é à nossa grande família
Que dedico estes versos
Escritos com coração e lagrimas
Por longe me encontrar.
Mas com imensa vontade,
De rever e abraçar
A minha família.
A família C,L,J
                                                          
Nepomuceno Alves
Uruguaiana, 29/junho/10