terça-feira, 31 de agosto de 2010

Lago dos segredos

Lago profundo que guardo segredos
Tenha de mim piedade,
Guarde pra você,
Meus receios e medos.

Lago esse que de tudo sabe,
Revele-me segredos que guardas em profundidades.
Diga à mim segredos enquanto o dia se abre,
Mas guarde à vós segredos de futilidades.

Mas diga-me,
Se tudo sabes,
Que dirás à mim se eu perguntardes,
Qual o maior amor que à ti foi revelado.

Se no seu profundo vazio,
Guardas segredos que ninguém sabe,
Serão mesmo segredos que guardas?
Pois nenhum deles revelaste.

Segredos estes que por tédio ou curiosidade,
Quero, por tudo que há,
Saber o fundo de toda sua verdade.
Que me remete à tempos de prazer e ansiedade.

Por certo que segredos estes não lhe pertençam,
Os guardas para outros que lhe subornam.
Talvez guarde apenas para quem os mereçam,
E nada dizes para quem não deva saber.

Guardas em vós,
As rimas que escondo.
As escondo em,
Por medos e assombros.

Assombros esses que me receiam,
Receio por muito devo falar,
Medos porém
Não devo lembrar.

Lembrarei sempre felicidade
Esta que nunca quero esconder
Não a tenho por falsidade
Tenho pelo direito de merecer.

                                                           Nepomuceno Alves
                                                           Livramento, 25/julho/2010

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