quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Onde Estarão...?


Onde estarão os versos perdidos de olhares caídos?
Caso a lua brilhe como o sol, quem sonhará com as estrelas?
Olhe querida, não há nada alem de imaginação!
Quando as dores do teu coração, partido ou caído,
Sonharem com o brilho infindo de amar
Jamais sabereis quando voltar à realidade
Porque se sonhamos criamos mundos pequenos
E quando amamos olhamos o sol como jamais antes.

Aliás, minha amada, não são os ouros que valem tanto
Nem a gana de ter riquezas como tantos
Mas o brilho espalhado nos quatro cantos
Que andam distancias muitas
Sem saber que das partidas resta somente à saudade

Saudade esta que já não me cabe em peito
Por desprezo da razão ou ódio ao coração
Por saber que somente junto voa a ilusão
Mas do sentido da vida não entendo
Dos sonhos que tive pouco lembro
Mas somos todos humanos, errantes,
E mesmo sendo pouco amantes
Soubemos que se acabamos sozinhos no caminho
Vamos colocar pedras em espinhos
E nenhuma flor fará brotar a terra
Sem que nela se encerre o amor verdadeiro


                                                           Nepomuceno Alves
                                               Santana do Livramento, 12-dez-12

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Quando Te Vi! Sonhei...


Quando olhei pra uma saudade
Não queria lembrar de uma alegria
Não esperava me deparar com uma metade
Metade de tudo que seria

Coloquei meus sonhos em poesia
E tudo que sonhava acontecia
Busquei ao longe uma inspiração
E logo perto achei meu coração

De onde saem estes versos?
Não sei quais são seus segredos
Entreguei pra poesia meus medos
Que agora se tornam complexos

Deixaria a minha vida por um olhar
Colocaria na distancia um sentimento
Mas choraria as lagrimas de um pesar
De perder todo seu contentamento

Aonde perdi a realidade
Se perdeu também minha noção
Ainda me resta a mocidade
E das poesias a inspiração

Há léguas de um tempo precioso
Perdi passos e distancia
E na aurora de uma infância
Lembrei um coração doloroso

Acabei por encontrar num brilho claro
Aquilo que busquei desde o mate amargo
Até o encontro de gerações
Que sem importar os poemas, só falam de inspirações.

Não sei se tenho um verso certo
Mais certo é que te quero
Não sei se vivo o correto
Ou da vida o que espero

Agora só léguas de sentimento
Só o doce querer da alegria
Somente uma paz, uma harmonia,
Que não guarda ressentimento.

E da poesia que me acompanha
Dos quereres que me inspiram
São dos olhares teus que brilham
E do peito meu que te ama
                                                           Nepomuceno Alves
                                               Santana do Livramento, 20-dez-12

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Quando Fui Beber Poesias


Quando fui beber as poesias que Deus me deu na vida
Andei tantas léguas perdidas nesta imensidão
Sem me preocupar onde deixar meu coração
Por que fazer dos sonhos o pesadelo?
Quando mais se quer sonhar, mais medo se te de amar.
Quando o sol de cada manhã,
Que ilumina os sonhos ou os quereres,
Não mais nasce em meio às nuvens dos desejos
É ai que mais sinto saudade daqueles beijos
Ai que me vem no pensamento
Que lágrimas não afasta o tormento
Mas coloca como um sopro no vento. Inútil.
Um sonho ou esperança no pensamento.

Qualquer desejo que traga um homem no peito
O fará correr minhas léguas tal qual eu fiz.
Mas se o desejo que trouxer for de amar eternamente,
Ai te digo homem inocente,
Que todas as léguas que eu andei, todo passo que dei,
Todo caminho que tracei, aonde acertei e errei,
Por tudo passarás e vai sentir que nada conseguirá mudar.
Mas preste atenção, agora homem sem coração,
Não há caminho que transforme mais um sentimento
Que aquele sem discernimento, aonde levar teus pés o vento.
Caminhante persegui o que me seria a felicidade
Mas larguei as tristes ruas da minha cidade
E fui correr avenidas de estradas e saudade

Vou te dizer do caminho que tracei
Onde me perdi e me achei
Mas do passado que nada trás de volta
Das alegrias que o mundo transforma
Descobri que perto seria a melhor forma.
Só questão de ajudar o tempo, de esperar passar o tormento.
E ao rever ao revez todo o caminho pisado por meus pés
Nenhuma nostalgia, sequer agonia.
Porque de léguas que caminharia, de sonhos que teria.
A única coisa que eu não sabia
Era que a dor de uma partida, uma despedida,
É apagada por um beijo de chegada, um abraço de saudade.
O retorno da realidade que tanto foge um aventureiro
Mas que sabe no fundo do próprio peito
Que tão perto é que encontra o que tão longe sempre busca

E eu, eu que tanto andei,
Descobri que o lugar que abandonei
Guardava-me tão perto e desconhecido
O que longe busquei.
E mais perto por caminhos diferentes
Era ali minha felicidade
Era onde me batia a saudade da partida
Que mirava pelas janelas corridas do caminho
Um lugar quase despercebido pela angustia de partir
Mas que longo tempo depois me fez mirar
Porque ali onde sempre passava, onde sempre chorava,
Era onde se encontrava um olhar tão belo
Era onde estava toda minha inspiração
Que busquei na ilusão de outros mundos
E agora achei tão perto do meu coração.

Agora, homem inocente,
Que antes queria partir já pode refletir!
Já sabes que não são as distancias
Nem as léguas que trazem alegria,
Mas aonde se encontra a poesia
Onde vive cada dia mais o sorriso, o sentir.

Digo-te, agora homem consciente,
Te perderás nos caminhos que tracei,
Mas não posso nada por ti fazer.
Estes mesmos caminhos já foram traçados
E mesmo assim meu coração aventureiro
Quis se entregar ao caminho passageiro
Mas cuidado pra não se apegar,
Caminhantes jamais param, jamais sabem parar.
Portanto, homem romântico,
Se quiseres amar, tens que parar e pensar:
Teu coração busca alegria e não partida.

Agora te digo mais, mais ainda que tudo.
O amor que procurava e que procuras também
Foi tão perto que encontrei
Que dos caminhos já me esqueci
Vi o amor bater minha porta
Que das aventuras nada mais importa
Do que ter a experiência e saber
Ter o mundo e nada ter,
Porque agora tenho os olhares que sempre desejei
Então nenhum outro caminho tracei
Desde que minha inspiração encontrei.

                                                           Nepomuceno Alves
                                               Santana do Livramento, 04-dez-2012

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Se Perdi Seus Olhares


Se perdi seus olhares, no maior desejo de te amar,
Não são errados meus quereres
Não fiz por bel prazeres,
Fiz  somente pra cada vez mais beijos teus
Possam ganhar os lábios meus
E matar a sede de te beijar.

Não há distância que perdure
Nem sonho que ameace meu amor
Nunca falei em amar, somente sonhar, viver.
Mas agora falo em você
Que dos sonhos ou vida,
Dos amores ou partida,
É somente, e tudo, que na vida quero ter.

Mas não o bastante soube cuidar
Não vi os olhos apagados, sorrisos gastos.
Somente vi cada vez mais frouxos os abraços
Mas não foi minha culpa
Só quis te amar.
Só quis minha vida inteira ao teu lado estar.

Se na partida minhas lagrimas falaram pela poesia
Se minha voz se tranca e deixa de dizer
Minhas lagrimas me correm o rosto e me fazem te querer

Olhe, não há mais lua no céu.
Não mais vejo luz na minha estrada,
Quanto mais você se afasta, se vai,
Mais meu coração dói,
Mais meu mundo se destrói, mais te quero comigo.
Quero acordar e lembrar teu sorriso
Te beijar e te sentir, sorrir.
Ter nos meus braços teu abraço

Sempre, e tanto como nunca,
Busquei o amor como se fora um tesouro
Nada mais reluz, nem pedras, nem ouro,
Só teus olhares claros, tuas caricias meigas,
Somente teu querer, tua presença.

Ah! Quanta glória prevejo em meu futuro,
Já dizia quem assim esperava a morte
Mas ninguém mais do que eu teve tanta sorte
De ter sentido um puro e belo amor
Desses que não causam dor, nem magoa,
Mas que corta mais que uma espada
Porque desse amor todo que sempre busquei
Foi nos teus olhos que fitei
O mais brilhante sonho da felicidade.
Foram assim passando os dias,
Os mais alegres, as mais belas poesias,
Assim te vivi, te quis e te amei.
Mas não sabia que enquanto te perdia
Mais ainda meu coração doía
Porque da minha vida, pobre, quase infeliz,
Encontrei tudo que sempre quis
Tudo que me faltava
E nas tuas faces ora meigas, ora rosadas,
Bebi os desejos profundos, as mais profundas águas,
Onde nasce a vida divina, o amor sem macula.

Te quero, te amo, te espero!
Ainda vivo, mas como se tudo me faltasse.
Ainda sonho, mas sem motivos.

Saí, e quando olhava os rostos enamorados,
Quando mirava beijos românticos
Lembrava tudo que vivemos
Tudo que sonhamos e desejamos
Mas me vi só
Me senti ainda mais solitário
Porque não quero nada mais no mundo
Do que seus beijos, seus toques.
Não me importa o tempo ou a agonia.
Só quero viver a alegria
E isso só tu sabes me dar
Porque repito o quanto necessário for nesta vida
Que por mais que seja mal vivida
É nela que só sei te amar.

                                                           Nepomuceno Alves
                                               Santana do Livramento, 03-dez-2012

Dedicado à Ana Cristina Pires