segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Se Perdi Seus Olhares


Se perdi seus olhares, no maior desejo de te amar,
Não são errados meus quereres
Não fiz por bel prazeres,
Fiz  somente pra cada vez mais beijos teus
Possam ganhar os lábios meus
E matar a sede de te beijar.

Não há distância que perdure
Nem sonho que ameace meu amor
Nunca falei em amar, somente sonhar, viver.
Mas agora falo em você
Que dos sonhos ou vida,
Dos amores ou partida,
É somente, e tudo, que na vida quero ter.

Mas não o bastante soube cuidar
Não vi os olhos apagados, sorrisos gastos.
Somente vi cada vez mais frouxos os abraços
Mas não foi minha culpa
Só quis te amar.
Só quis minha vida inteira ao teu lado estar.

Se na partida minhas lagrimas falaram pela poesia
Se minha voz se tranca e deixa de dizer
Minhas lagrimas me correm o rosto e me fazem te querer

Olhe, não há mais lua no céu.
Não mais vejo luz na minha estrada,
Quanto mais você se afasta, se vai,
Mais meu coração dói,
Mais meu mundo se destrói, mais te quero comigo.
Quero acordar e lembrar teu sorriso
Te beijar e te sentir, sorrir.
Ter nos meus braços teu abraço

Sempre, e tanto como nunca,
Busquei o amor como se fora um tesouro
Nada mais reluz, nem pedras, nem ouro,
Só teus olhares claros, tuas caricias meigas,
Somente teu querer, tua presença.

Ah! Quanta glória prevejo em meu futuro,
Já dizia quem assim esperava a morte
Mas ninguém mais do que eu teve tanta sorte
De ter sentido um puro e belo amor
Desses que não causam dor, nem magoa,
Mas que corta mais que uma espada
Porque desse amor todo que sempre busquei
Foi nos teus olhos que fitei
O mais brilhante sonho da felicidade.
Foram assim passando os dias,
Os mais alegres, as mais belas poesias,
Assim te vivi, te quis e te amei.
Mas não sabia que enquanto te perdia
Mais ainda meu coração doía
Porque da minha vida, pobre, quase infeliz,
Encontrei tudo que sempre quis
Tudo que me faltava
E nas tuas faces ora meigas, ora rosadas,
Bebi os desejos profundos, as mais profundas águas,
Onde nasce a vida divina, o amor sem macula.

Te quero, te amo, te espero!
Ainda vivo, mas como se tudo me faltasse.
Ainda sonho, mas sem motivos.

Saí, e quando olhava os rostos enamorados,
Quando mirava beijos românticos
Lembrava tudo que vivemos
Tudo que sonhamos e desejamos
Mas me vi só
Me senti ainda mais solitário
Porque não quero nada mais no mundo
Do que seus beijos, seus toques.
Não me importa o tempo ou a agonia.
Só quero viver a alegria
E isso só tu sabes me dar
Porque repito o quanto necessário for nesta vida
Que por mais que seja mal vivida
É nela que só sei te amar.

                                                           Nepomuceno Alves
                                               Santana do Livramento, 03-dez-2012

Dedicado à Ana Cristina Pires

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