sábado, 22 de março de 2014

Do Anseio Da Alma

Sabe quando o anseio da alma
Aquele fecundo desejo do amor
Se torna um vasto vazio
Sem cor, saudade, dores ou rancores?

Aquele passo de cada estrada
Onde se torna apenas a lembrança
Ou a mais escura passada
Por ser agora apenas saudade

Olhando os ventos nas nuvens
Pairo no céu como imagino
São apenas coisas volúveis
Que lá em cima cogitam

E da liberdade que me prende
E do silencio que me grita
Vejo o sol de um novo dia
E a mordida de uma serpente

Mesmo no poente, no entardecer.
Ou nas auroras do dia
Quando amanhece mais um desejo
E lábios de beijo.

Agora não tem mais sentido
Não há solidão, pois.
Agora nada é divertido
Apenas um grande depois.

                                                           Nepomuceno Alves

                                                           07-setembro-2013

Aos Amigos Distantes...

As vezes me pego perdido no tempo
Onde cada detalhe é uma lembrança boa
E as vezes serão moinhos que sempre retornam 
Ou ventos que fecham uma janela

Eu, como se não houvesse presente,
Me vejo simplesmente como uma porção de tempo
Como se um momento fosse eterno como o sentimento
E nisso a saudade volta como o frio

Saudade daquele abraço que me levava a ver a vida
Aqueles dias que nada fazia sentido
E nos segundos o momento mudava
E novamente a lagrima parava


Ah! Como faz falta aquele amigo
Como as lembranças vão ficando pobres
Como o destino vai ficando mais triste sozinho
E a saudade continua até novamente estarmos no mesmo caminho.