segunda-feira, 20 de agosto de 2012

A Vida De Um Poeta


Hoje eu lembrei quando era poeta,
Lembrei de uma vez que escrevia sobre amor, sobre agonia.
Saíram dos pensamentos todos os tormentos
Veio na mente o desejo de ser como aquela gente
Que inspirava pensamentos nos mais longínquos tempos
Que passava o perfeito amor
Aquele sem dor.

Na lembrança veio aperto do meu peito
No silencio de uma lagrima vi o passado
Vi aquele mundo assombrado
De amor e incertezas,
De sonhos e imaginação.
Que faziam do meu coração 
O mais escuro tumulo da paixão.

Recordei os olhares que me trouxeram luz
Os tantos beijos que seduz.
Recordei os sorrisos que me faziam sorrir
Apenas de imaginar que os poderia sentir
Como rosas postas ao léu
Como abraços vindos do céu

Sou poeta da ilusão
Sempre tive o pensamento numa alegria
Mas nunca sai da nostalgia, da realidade cruel.
Sonhava em fazer parte da felicidade
Mas esquecia da realidade.

Vieram as noites da luz
Os sonhos da esperança que nunca termina
Foi assim que descobri o que mais reluz
Foi o que me fez ver que a sombra acaba
Então abracei Jesus e sua mácula.

Mas a poesia não me abandonava
Surgia, voltava e, de novo, me largava.
E de tantos sonhos esquecidos, de tantos amores perdidos,
Resolvi amar sozinho e viver os cativos,
Construir meu ninho e sentir carinhos.

E a poesia me abraçou como nunca antes
Me mostrou como ser amante e como ser amado,
Mas parece que nem assim sai daquele passado
E as ilusões do mundo assombrado!

Conheci as mais belas inspirações
E as mais reais ilusões! E mesmo assim da poesia,
Daquela nostalgia, 
Não livrei meus dias
Pois de novo sinto as agonias
Mas sei que passageiras são as dores
Para que sirva como o mais belo refrão
Da mais triste canção
Que, de um poeta, sempre toca o coração!

Nepo Alves
Santana do Livramento, 20 de agosto de 2012

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Do Brilho ao Verde Lindo


Foi só ver a alma sorrir
Que o dia brilhou com mais luz
Foram brilhos que verdes brilhavam
Foram olhares e passos que conduz

Já se foi a noite escura da alma
Clamam-se mais sons de um infinito
Onde não há limites pros sonhos
E onde brilham os olhos mais bonitos

São claros luzeiros do coração
São mais belos que a mais bela canção
De tudo atentos estarão
Até pras poesias que nunca existirão

Mas saíram de um sonho passado
Vieram viver como se fossem guias
Tornaram o tédio uma magia
E fizeram morrer a nostalgia

Mas de um amor recuperam paisagens
São desenhos de uma miragem
Anseios de um desejo quase morto
Olhares de um verde bonito

Mirei o céu e o mar,
Talvez como poeta nunca soubesse amar
Mas encontrei olhares claros e belos
Fitei um sorriso mais doce e singelo

Nepo Alves
Santana do Livramento, 08-agosto-2012