sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Da amor a dor!



Onde foi parar o medo
O horizonte
O sonho?
Falar de amor
Não significa contar a dor

Se um dia o poeta enlouquecer
E tempo não para
E mesmo assim ainda passo correndo
Mas tudo vem a sua hora
Sem hesitar nem esperar

E onde foi parar o incentivo à poesia
E as horas incertas de esperança e amor
Amor que não brota da dor
Amor que vem do amor
Amor que se refaz
Sem hesitar nem esperar

Mas ainda sim a vida imita a arte
Se assim não fosse
A poesia não seria um sonho
Lindo e impossível da imaginação
Meigo e raivoso do silencio de dor
Dor que não brota do amor

Mas se falo de amor
Onde foi parar o sentimento
Que espera para se revelar
Que se revela sem pensar
E pena a dor que vem do sofrimento

E aquela inspiração de amor
Que redundante se torna na poesia
Como uma forma de gritar ao mundo
 -Que amor é esse?-
É amor à dor


                                                           Nepomuceno Alves
                                               Livramento, 2010-11-12

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