Te busco! Naquele sol pondo, num silencio dolorido,
E quando a noite se faz realidade de uma dor, uma
saudade,
Guardo o sono sofrido, a inspiração, o desejo.
Sou apenas anseios, um mero composto de medos.
Me torno o mais sutil sofredor, o único a odiar o amor!
E tudo isso faz mal à alma, tortura a voz clara,
Sonha sem saber, já não sabe mais sonhar.
Mas surge um doce cantar, uma aurora divina.
Some a nostalgia, me consome a alegria.
Esse canto de amor apenas, um sonho, uma realidade.
São teus sorrisos, tuas faces, teus carinhos e beijos.
Somem meus anseios e brotam-me brilhos nos olhos
Porque a solidão se torna passado, se torna mero acaso.
E esses sonhos são meus desejos,
Que morrem na solidão de uma realidade
Porque sei que a mais bela verdade
Sucumbi na ilusão derradeira
De uma mentira verdadeira
Onde se realiza o sonho mais profundo
Que faz ir até o fim do mundo
Mesmo sabendo que nada existe.
E vãos sonhos, e vão verdades, realidades.
Não volta o sorriso, o beijo, a mentira alegre.
Só resta acordar no vazio sem querer,
E novamente viver a verdade mais tristonha
De saber que nalgum lugar, risonhos estão teus lábios.
E chorando os meus olhos!
Nepo
Alves
Santana
do Livramento, 16-jul-12
Nenhum comentário:
Postar um comentário