domingo, 14 de julho de 2013

Sinfonia Das Lágrimas Perdidas

É como se tudo parasse
Tudo que era infinito chegou ao ponto critico
Tornou-se findo e acaba de se deparar com um abismo
Como outrora cantara em vozes perdidas no vento
Hoje busca no silencio a lembrança de um beijo
Que nunca fora trocado, ou lábios nunca entrelaçados.

Se vê no espelho da água como no presente
E torna-se vivente como nunca antes
Pois tudo se enxerga novamente
E nada passa mais adverso ao sentimento
Pois não há negação ou esquecimento
Só vive aqui, no meu peito,
Só respira com as batidas do meu silencio.

Mira o sol que brilha como uma luz
Onde nada se faz mais belo que a lembrança
Pois é a única coisa do universo
Que faz sentir de novo a maldição
De saber que na distância está um coração
E que chorava pelo meu enquanto por fora sorria
E acolheu-se em outro peito que não partia
Outro sentimento que só cuidava

Mas assim segue-se, dia-a-dia,
Numa sinfonia das lágrimas perdidas
E nas poesias nunca escritas
Pelo medo do esquecimento
Pois não há um só dia deste mundo pequeno
Que não tenha teu sorriso no meu peito

E mesmo quando se fazem horas de angustia
Ou de alegria sem fim,
Trago novamente para mim
A certeza de ser incompleto ainda
Pois não sorria com alegria
Mas chorava como menino
E não tenho mais saída,
Pois amo você menina
Como nunca vou amar na vida.

                                                           Nepomuceno Alves

                                                           Santana do Livramento, 14-jul-13

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