segunda-feira, 13 de maio de 2013

Aconchego...


Cuidei-a! Tornei meus braços o aconchego,
Ficou no abraço e no meu peito
Suspirou no cansaço e no acalento
Das dores esqueceu-se por completo
E na vida amou como predileto
Aquele poeta incerto
Que vive nos meus interiores encobertos
Para fazer poesias para a mais bela dama
Que dorme e sonha
No meu colo seguro do amor certo

E quanto se vive num segundo
De amor profundo e nostalgia
De sentimentos e agonias
Agonias do tempo findo
Que insiste em tornar finito
O amor que tanto se procura
E que vive na beleza pura
Dos segundos que passo contigo

Mas das noites que frias me calam as vozes da alma
Lembro do abraço e do carinho
Refaço na imaginação a imagem do nosso ninho
Sorrindo feito criança
Me pego na lembrança
E a lembrar do sorriso
Que mesmo longe se faz presença
No coração do poeta
Que dos sonhos das noites silentes
Quero só o beijo ardente
Dos lábios da minha pequena

Ah, tempo desgraçado.
Que geme nas auroras congelantes
Que me lembra o abraço aconchegante
E a corroer minha realidade
Lembro da saudade
Deste segundo que passa
Que me afasta de seus lábios
Sabendo que logo te encontro
Novamente nos sonhos meus
Para acordar na realidade do silencio
Onde espero ansioso pelos seus beijos.
                                                          
                                                           Nepomuceno Alves
                                                           Santana do Livramento, 10-mai-13

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