segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Olhe!

Olhe para o céu, minha querida
Veja a luz que brilha
Veja o vulta de minha partida
Olhe por quem cantam os pássaros

Preste atenção querida
Por mais que estejas resolvida
Sempre tem o passado para lembrar
Que o futuro sempre pode mudar

Veja meus olhos
Já não existe neles brilho
Já se escasseou as lagrimas
E tudo passou, sem avisar

Voe sem mim, querida andorinha
Não tenho seu caminho na minha estrada
Nem posso ter a vida desgarrada
Já não tenho tempo

Acabaram-se os dias
E o que dói é a lembrança
Que do nada vira fumaça
Porque não sabe o que é sofrer

Se foram os versos
Já não há mais poeta
Ficou apenas a sombra de sonho
Ficou o desejo do futuro

 A vez primeira que fitei
Jamais imaginei
Que um simples sorriso
Me traria o mundo

Agora, querida,
Saiba que a partida, não tarda a chegar
Nem vai apagar
O passado que insisto em lembrar.
                       
                                                           Nepomuceno Alves
                                                           Lavras, 15-agosto-2011

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